O Festival é um encontro da música com a natureza da bela região serrana do Ceará. A cidade de Viçosa localiza-se a 384 km de Fortaleza, a uma altitude de 720 metros, proporcionando um clima agradável que encanta moradores e visitantes. Tudo isso unido à música faz do Festival uma celebração que transformará a cidade em um laboratório vivo para as vozes e instrumentos veiculadores dessa arte universal. Este é o primeiro projeto do Norte e Nordeste centrado na formação em música popular brasileira e que mantém uma intensa programação artístico-pedagógica gratuita.
Pela manhã e à tarde, cerca de 1.000 alunos participam de 72 oficinas, ministradas por professores e músicos do Ceará e convidados de outros estados. São aulas de violão, piano, bateria, prática de conjunto, orquestra de acordeãos e percussão, sopro, técnica vocal, harmonia, arranjo, regência, nos níveis médio e avançado.
No fim de tarde começam as apresentações artísticas, onde alunos, mestres e artistas convidados interpretam a céu aberto as mais belas harmonias da nossa música, vivenciando um rico intercâmbio e presenteando toda a cidade com uma semana inteira de arte através da música.
No palco da Igreja do Céu, ponto mais alto da cidade, a 900 metros de altitude, a programação se encerra todas as noites a partir do segundo dia. Entre os convidados para os shows, se apresentam as bandas cearenses Groovytown, que tem conquistado um público cada vez maior com uma mistura de samba-rock, funk e soul em repertório próprio e de grandes nomes como Jorge Ben Jor, Tim Maia, Seu Jorge e Wilson Simonal; banda Dona Zefinha, que mistura música, teatro e dança a partir de elementos sonoros, cênicos e coreográficos; e a cantora Paula Tesser, uma das mais belas vozes do Ceará, que sobe ao palco do Festival acompanhada de banda. Do Rio de Janeiro vêm os grupos instrumentais Trio SambaJazz, formado por Kiko Continentino, Neguinho e Luis Alves; e Cama de Gato, de Pascoal Meirellles, Mauro Senise, Mingo Araújo, André Neiva e Jota Moraes, que chega aos 25 anos de formação, sendo o segundo mais antigo grupo de música instrumental do país.
O cinema também faz parte da programação. Diariamente, no fim de tarde, o Teatro D. Pedro II abriga a sessão de Música no Cinema, onde este ano serão exibidos vídeos sobre Fagner, Hermeto Pascoal, Dorival Caymmi, Toquinho, João Donato, Jacob do Bandolim e sobre chorinho.
Este ano o Festival presta homenagem a nove personalidades da música brasileira, oito deles passaram pela vida mas firmaram seus nomes e suas artes na história: Carmen Miranda (100 anos), Ataulfo Alves (100 anos), Patativa do Assaré (100 anos), Alberto Nepomuceno (145 anos), Luiz Gonzaga (97 anos), Humberto Teixeira (92 anos), Heitor Villa-Lobos (107 anos) e Dolores Duran (79 anos). A homenagem nesta edição vai também para o cearense Raimundo Fagner, que faz show na noite de abertura do Festival. Este ano o artista comemora 60 anos de idade e 35 de sucesso como cantor e compositor.
Antes do Festival
Este ano, na semana antecedente ao Festival, de 20 a 23 de julho, acontecem oficinas de iniciação musical (Casulinhos) nas cidades do Maciço da Ibiapaba – Ipu, Guaraciaba do Norte, Carnaubal, Croata, São Benedito, Ibiapina, Tianguá, Ubajara e Viçosa do Ceará. Nas nove cidades as oficinas serão ministradas por professores da escola de música de Sobral, numa ação de intercâmbio e oportunidades para esses educadores. Esta atividade formativa ação do Festival em parceria com Ministério da Cultura e prefeituras municipais, que levam o resultado dessas oficinas para dentro do VI Festival.