Conferimos a abertura do projeto Direção Musical, que este ano novamente aconteceu durante quatro dias – 13, 14, 15 e 16 de agosto – no Theatro José de Alencar. Os shows do guitarrista Lu de Souza, do sanfoneiro Waldonys e do gaiteiro gaúcho Renato Borghetti levaram a plateia a uma viagem sonora universal.
Pelo violão e a guitarra de Lu de Souza passaram jazz, bossa, reggae, rock´n roll com uma banda precisa e os vocais pulgentes das Alices Priscila e Patrícia que interpretou Bolinhas de Sabão, de Manasses e Serrão.
O show teve ainda a participação de Cainã Cavalcante.
A participação de Waldonys finaliza o show de Lu de Souza. Saímos da urbanidade para começar o arrastapé.
Com a declaração de amor à Fortaleza, começa a desfilar músicas de Uni-Verso, seu mais recente disco, destaque para o repente Planeta movido a internet.
Quem conseguiu espaço, arriscou passos para xotear o Tico-tico no Fubá. O teatro mudou a configuração.
Além de fazer uma música tipicamente nordestina, o sanfoneiro faz jus a cearensidade – o humor. Entre uma piada e outra, arriscou tirar da sanfona Beat It de Michael Jackson para o triangleiro Chico Viola improvisar no xaxado.
Mas discípulo que se preze não esquece o mestre. Relembrando os 20 anos de morte de Luiz Gonzaga, a homenagem na canção Aquela sanfona branca, ao lado do chapéu e da sanfona branca que lhe foi presenteada pelo Rei do Baião. Parecia que Gonzagão estava ali ao lado do menino atrevido.
A música do nordeste faz ponte com a sulista. Duelo de gaita de ponto e sanfona, Borghetti e Waldonys, executam Milonga para Missões. Sétima do Pontal e músicas do mais recente trabalho de Borghetti, Fandangos são presenteados ao público que rememorou outro gaúcho, Lupicínio Rodrigues, Felicidade. É com Asa Branca que os astros da noite se despedem deixando o gosto de quero mais. 
LU DE SOUZA, WALDONYS E BORGHETTI
A energia da guitarra de Lu de Souza. Foto: Joanice Sampaio.