A banda carioca Cafe Republica acaba de lançar seu mais novo EP, “Interlúcido”. O trabalho é experimental, fruto de improvisações em estúdio e apresenta uma nova sonoridade para o quinteto. Segundo eles, é uma conexão entre o presente e o que vislumbram como futuro, que não será instrumental. (Foto: Carolina Munhoz)
Se nos trabalhos anteriores a banda bebia de referências do psicodélico e do alternativo, o choque de influências surge logo na primeira faixa, “Xa Manhntro Vhan”. A música começa com ecos primais, ritualísticos e termina com o som da chuva envolvendo a melodia, em uma mixagem que transporta o ouvinte para debaixo d’água. É lá que parece ter sido gravada a faixa seguinte, “Subaquática”.
As 5 primeiras músicas foram pensadas para trazer um instrumento em evidência por vez, dando destaque para a banda em todos os seus detalhes. Na última faixa, a mais próxima da sonoridade que eles buscaram nos dois EPs anteriores, a Cafe Republica aparece inteira em destaque. O compacto caminha entre o progressivo, o ambiente, o experimental e o noise como se fosse um grande estudo técnico do que os músicos conseguem fazer em estúdio.
Formada em 2011 por Octavio Peral (voz e guitarra), Anderson Ferreira (teclado e sintetizador), Ygor Big (guitarra), Carlos Juca Sodré (contrabaixo) e Barbanjo Reis (bateria), a banda tem 3 EPs lançados, com destaque para o elogiado “Ludere Occultant”, de 2016. O futuro da Cafe Republica é focado no lançamento de um disco cheio em 2017, que deve se afastar da sonoridade do trabalho anterior.
“Interlúcido” foi produzido pela banda e já está disponível nos meios de música digital. A mixagem é assinada por Barbanjo Reis e Cafe Republica e a masterização, por Sérgio Carvalho.
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