Pela segunda vez em menos de três anos, o rompimento de uma barragem da mineradora Vale, desta vez em Brumadinho, região metropolitana de Belo Horizonte (MG), resultou em tragédia com centenas de famílias, além de uma avalanche imagética no noticiário nacional. A relação entre a fotografia e o atual contexto social, político e artístico brasileiro, bem como a experiência da realização do ensaio fotográfico sobre o crime anterior ao do fatídico dia 25 de janeiro, são o mote para a conversa “A lama e as imagens da lama: fotografia e crime ambiental”. A atividade, promovida pelo Programa de Fotopoéticas do Porto Iracema das Artes, acontecerá no auditório da Escola nesta quinta-feira, 14, às 19h. O acesso é gratuito. Foto: Rubens Venâncio
Um dos responsáveis por conduzir o momento será o fotógrafo e professor Rubens Venâncio, que entre os anos de 2015 e 2017 documentou o impacto do crime da mineradora Samarco, também em Minas Gerais, na cidade de Mariana. O resultado da pesquisa foi o ensaio “Desmedida”, um dos projetos selecionados na convocatória para a exposição “Miragem”, da primeira edição do Fotofestival SOLAR.
Complementará o debate a professora Germana Moraes, do curso de Direito da Universidade Federal do Ceará (UFC), que pesquisa a natureza como “sujeito de direito”, ou seja, com capacidade de representação judicial, já tendo representado o Brasil em assembleia da Organização das Nações Unidas (ONU), onde o tema foi discutido.
Serviço
“A lama e as imagens da lama: Fotografia e crime ambiental”, com Rubens Venâncio e Germana Moraes
Dia 14 de fevereiro, às 19h
Auditório do Porto Iracema das Artes
Rua Dragão do Mar, 160 – Praia de Iracema
Gratuito e aberto ao público
