“A Rua É NOIZ” é a periferia em cena. É a gente guerreira dos bairros e favelas sob os refletores da luz do sol e da luz da lua, que iluminam a luta diária e rotineira do nosso povo forte. O espetáculo volta a ser encenado pelos alunos e alunas do Instituto Katiana Pena nesta terça, 23; quarta, 24 e quinta-feira, 25, às 20h, no Teatro Dragão do Mar. Foto: Vicente Wagner
“A Rua é NOIZ” é um domingo no bairro, com roupas estendidas nos varais multicores e com a música da Diana tocando na enorme radiola da sala de casa; ou o som do Emicida mandando a letra nos iPhones hi-techs. É, portanto, uma alegria só. Uma sensação de gente que tem amor pela vida e um cuidado acolhedor pelos vizinhos de longa data. É um espetáculo RAP, porque tem ritmo e poesia, e “happy”, porque é feliz, como canta o Mc Marcinho: “A gente ainda quer andar tranquilamente…”
E como na periferia, de tudo há, nossa dança é também diversa, repleta de identidades, raças e gêneros. É uma celebração da necessidade de comunhão das diferenças. Uma apologia à democracia. É o Brasil mostrado nu, com a cara que ele tem, sem close certo, porque qualquer ângulo é válido. É um retrato de “NOIZ”. É “NOIZ”. É a criança correndo na rua, sem que ela seja de rua. É, também, um ato em defesa da vida, pela vida comdignidade. É uma homenagem às Dandaras e um repúdio ao crime de ódio.
“Nosso espetáculo é coisa séria e fala de problemas sociais, sim! Eles existem; estão aqui. A gente os sente na pele, na hora do almoço, quando cai a chuva… Por isso, nosso corpo pede mudança e manifesta-se pela igualdade de raça e gênero. “Sou preto, sim; branco pobre, sim; mulher do fim do mundo, sim! E daí? Eu quero a parte que me cabe nesse latifúndio!”, declaram os integrantes do grupo.
“A Rua é NOIZ” é uma vontade de conhecer a si mesmo, de revelar as identidades dos que moram em cada rua, beco e conjunto habitacional. Nossa arte é engajada. Nossa história é nosso orgulho. História de luta, de trabalho e de resistência. Nosso espetáculo é pragmático e o assunto são as pessoas, porque só elas importam.
Dias 23, 24 e 25 de abril, às 20h , no Teatro Dragão do Mar. Ingressos: R$ 10,00 (inteira) e R$ 5,00 (meia). Classificação etária: Livre.
Contato: 85 98956.8088 | institutokatianapena@gmail.com
