Os novos agentes de leitura do Ceará, selecionados por meio de edital da Secretaria da Cultura do Estado do Ceará (Secult Ceará), entrarão em campo muito em breve para levar mais cultura, formação e cidadania aos lares de famílias cearenses de baixa renda. Mas, antes disso, os agentes passam por uma semana de formação, de 18 a 22 de outubro, com aulas, vivências de leitura, oficinas e visitas à Rede de Equipamentos Culturais da Secult Ceará, seguindo os protocolos de segurança previstos. As atividades dão início ao calendário do Agentes de Leitura, programa de referência nacional nos campos da cultura e da educação que tem por finalidade promover a democratização do acesso ao livro e aos meios da leitura como ação cultural estratégica de inclusão social, desenvolvimento humano e cidadania, com ênfase na formação de leitores, incentivando o aprimoramento da interpretação de textos, e a fruição da leitura literária no âmbito familiar. Foto: Divulgação/Secult CE/Felipe Abud
Os agentes de leitura são jovens de 18 a 29 anos, egressos do ensino médio da escola pública que foram selecionados por meio de edital da Secult Ceará. Em 2021, o edital Bolsa Agentes de Leitura do Ceará 2021 selecionou três tipos de agentes: o Agente de Leitura Monitor, o Agente de Leitura Mediador, e o Agente de Leitura de Cultura Digital. Os Agentes de Leitura Mediadores são moradores dos territórios das famílias beneficiadas, nos bairros Bom Jardim, Praia de Iracema (Comunidade Poço da Draga), Cais do Porto (Comunidade Castelo Encantado/Vicente Pinzón/Mucuripe), Pan Americano, Curió (Comunidade Curió, São Miguel e Palmeirinha), na grande Messejana. Já os Agentes de Leitura Monitores e os Agentes de Leitura Mediadores de Cultura Digital, egressos de escola pública, de acordo com o edital, podem residir em qualquer bairro de Fortaleza. Mas apenas os Agentes de Leitura Monitores precisam estar matriculados em uma universidade.
“O programa Agentes de Leitura é uma ação intersetorial de políticas públicas de cultura, educação, juventude e desenvolvimento social a partir da criação de ambientes favoráveis para a formação de leitores no seio das casas e famílias onde esses agentes estão inseridos. Trata-se de uma experiência vital de transformação das vidas dos próprios agentes de leitura com a atuação sociocultural em suas comunidades, numa ação de democratização do acesso ao livro e de promoção da leitura nas vidas das pessoas, contribuindo assim para ampliação de repertórios culturais e subjetivos do público beneficiado. Mais do que uma leitura funcional, o programa tem como objetivo a formação de uma leitura cultural e o desenvolvimento de capacidades críticas e inventivas de ler e reinventar o mundo, tanto para os jovens agentes, como para as famílias atendidas. Esta semana de formação é parte essencial para o aprimoramento da atuação dos agentes de leitura numa perspectiva mais ampla e diversa na promoção do livro e da leitura”, enfatiza o secretário Fabiano Piúba.
“A proposta da semana de formação inicial para acolher os novos agentes de leitura foi a de criar um espaço de imersão para o diálogo reflexivo e crítico sobre a relação da leitura literária e a experiência estética por meio de práticas culturais com crianças e dos jovens, oferecendo aos futuros mediadores a oportunidade de se apropriarem de aspectos expressivos desse universo. Mas também consideramos que o Programa Agente de Leitura é uma política pública para juventude, assim relacionamos essas reflexões com experiências em que possam passar eles mesmos por processos de mediação cultural nos equipamentos da Secult, como a exposição Leitura e Liberdade, que pode ser visitada na Biblioteca Pública do Estado do Ceará (BECE), assim estarão em interação entre eles mesmo, mediados pelo encontro com as obras e com as temáticas suscitadas por esse encontro em que serão acompanhados por outros jovens mediadores mais experientes. Também passarão pela visita ao Museu de Cultura Cearense (MCC) e Museu de Arte Contemporânea (MAC) do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura e por oficinas teórico-vivenciais de aproximação com questões relativas ao universo literário e temas que tangenciam o fazer-se mediador em um contexto de vulnerabilidade”, destaca a coordenadora de Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas da Secult-CE, Goreth Albuquerque.
