Um espetáculo que lança luz sobre a vontade de traduzir, através do corpo, o lugar onde moram. A periferia é o cenário real e simbólico do grupo; e as pessoas, os lugares de cada dia, são o enredo. Uma revelação de tudo aquilo que define cada relação com as comunidades. O que mostra a cara deles? São muitas possibilidades: a senhora trabalhadora, o senhor dono de casa, os “vetim” das praças, a jovem guerreira, a juventude aguerrida e o povo do ônibus lotado a caminho do trabalho para a luta diária. Para os bailarinos, a dança é a arte de compreender suas vidas, sua realidade, sob a perspectiva da mudança. Foto: Vicente Wagner
O espetáculo é a periferia em cena. É a gente guerreira dos bairros e favelas sob os refletores da luz do sol e da luz da lua, que iluminam a luta diária e rotineira desse povo forte. “A Rua É NOIZ” é um domingo no bairro, com roupas estendidas nos varais multicores e com música tocando na enorme radiola da sala de casa. Uma sensação de gente que tem amor pela vida e um cuidado acolhedor pelos vizinhos de longa data. É um espetáculo RAP, porque tem ritmo e poesia, e “happy”, porque é feliz.
Uma dança repleta de identidades, raças e gêneros. Uma celebração da necessidade de comunhão das diferenças. É o Brasil mostrado nu, com a cara que ele tem. É a criança correndo da rua, sem que ela seja de rua. “A Rua É NOIZ” é uma vontade de conhecer a si mesmo, de revelar as identidades dos que moram em cada rua, beco e conjunto habitacional. É arte engajada. História de luta, de trabalho e de resistência. Um espetáculo pragmático e o assunto são as pessoas, porque só elas importam.
Quatro apresentações acontecerão neste mês de julho, no Teatro Dragão do Mar. Será mais uma temporada de um espetáculo forte e tocante, dialogando o ballet com a cultura local.
Serviço
A Rua É “NOIZ”
Datas: 05, 12, 20 e 27 de julho
Horário: sempre às 20h
Local: Teatro Dragão do Mar
Ingressos: R$ 10,00 (inteira) e R$ 5,00 (meia)
Classificação: Livre