Acaba de chegar nas plataformas digitais, “Terramarear”, terceiro álbum autoral do cantor e compositor cearense, Tiago Araripe. O projeto também celebra os 70 anos do artista.
Ao todo, “Terramarear” reúne 37 artistas, sendo 5 músicos portugueses; 2 músicos africanos: um da ilha da Martinica (Karlos Rotsen, piano em Tudo no Lugar) e outro da ilha de Madagascar (Tahina Rahary, produção musical, violão, flauta, congas, palmas e coro em Abracadabra e Calar pelos Cotovelos); e 6 participações especiais: Isadora Melo, Marcos Lessa, Nonato Luiz, Vânia Bastos, Zeca Baleiro e a cantora portuguesa Mara. O álbum também reúne 5 parcerias: com Zeca Baleiro, Rogério Franco, Marcos Lessa, Juliano Holanda e Nonato Luiz; e 8 produtores musicais: Adelson Viana, Caio Castelo, Cristiano Pinho, Jefferson Portela, Juliano Holanda, Pablo Romeu, Tahina Rahary e Walter Areia
Antes mesmo da pandemia, Tiago já vinha com a ideia de lançar o álbum que sucede o icônico “Cabelos de Sansão”, lançado pelo Lira Paulistana em 1982, e “Baião de Nós” (2013); além de gravações com Tom Zé e trilhas como “Sargento Getúlio”, entre outros projetos. “Terramarear” reúne 14 de suas composições, solo ou em parceria, algumas delas já lançadas nas plataformas digitais e remasterizadas para o álbum, caso das quatro canções do EP “Na Mala, Só a Viagem” (Bem Aqui, Das Horas, Perder Alguém e De Passagem), gravado no Recife com produção do aclamado guitarrista pernambucano Juliano Holanda, pouco antes da mudança de Tiago para Portugal.
10 canções foram compostas já em Portugal e três foram inteiramente produzidas lá: Tudo no Lugar (2018), gravada em Almada com participação da cantora alentejana Mara, grande voz da nova geração do fado português; e Abracadabra (Novas Manhãs Que Virão) e Calar pelos Cotovelos, gravadas em 2019 na aldeia de Fanhais, em Nazaré, com produção musical de Tahina Rahary, multi-instrumentista e compositor de Madagascar que mora há muitos anos em Portugal.
Vale comentar que a produção ultrapassou muitas fronteiras. Nenhuma Igual a Você, por exemplo, teve músicos pernambucanos gravando em três países: Portugal (Bombarral, Lisboa), Itália (Roma) e Brasil (Recife); já Lugar ao Sol fez uma conexão Bombarral-Roma-Recife-São Paulo, onde Vânia Bastos gravou sua voz.